A Lebre Pedro e a tartaruga filósofa, uma fábula realista e sem moral
by Le petit bas-bleu
Certo dia, a lebre Pedro desafiou o caranguejo Portucale a apostar na sua vitória, numa competição de rali de regularidade contra a tartaruga filósofa.
“Será uma prova longa e dolorosa, o terreno é inóspito, há imensos desvios e buracos cavacados até ao infinito. A tartaruga está cansada, sem moral e é bem capaz de desistir a meio da corrida. Se apostares em mim patrocinas-me a entrada na corrida e eu garanto-te a mudança de rumo!” – disse a lebre ao caranguejo.
Portucale sentia-se triste e magoado devido às apostas que efectuara anteriormente sem sucesso. Contudo, a sombra do endividamento perseguia-o e na esperança de que uma última aposta bem sucedida pudesse resolver todos os seus problemas decidiu arriscar tudo. Levou as tenazes à cabeça e apostou na lebre.
Chegou o dia do rali, a lebre Pedro e a tartaruga filósofa estavam prontos para iniciar a corrida. Assim que soou o apito que sinalizava a partida começaram todos a correr. Enquanto a lebre distraía o público com malabarismos, a tartaruga escondeu-se discretamente até desaparecer e o caranguejo continuou a andar para trás.
A lebre que andou a distrair o publico com malabrarismos, não se chama Pedro, chama-se SÓCRATES!
Esse é a tartaruga filósofa.